quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um depoimento impressionante!


    (só para quem entenda bem Inglês...)


    https://www.youtube.com/watch?v=CKCvf8E7V1g


   Resumo: um palestrante muito rico a defender políticas económicas de Esquerda (Keynesianas)!


   Se alguém tiver hipóteses, que faça chegar esta pérola (e, já agora, também este RUBI - infelizmente também em Inglês...) ao excelentíssimo senhor "Francisco de Holanda", actual Presidente de França...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A propósito de um cartaz numa Agência de Viagens alemã, em Karlsruhe...


 
Este sarcástico (e cáustico!) cartaz é porventura cruel, é obviamente simplista e pode até considerar-se malcriado mas, no essencial, é bem verdadeiro!
 
 
E enquanto não assumirmos esta verdade profunda, não compreenderemos nada de nada: o suposto "Progresso" português desde 1986 (e suponho que também o grego) assentou, básicamente, em toneladas de Marcos alemães (e Francos franceses...)!
 
 
Quase tudo o que adquirimos desde a entrada na então CEE - as reformas chorudas no Estado e as auto-estradas e pontes do Cavaco, os Rendimentos Mínimos Garantidos, os Estádios de Futebol e os "Metros" do Guterres, o laxismo governativo e o euforismo consumista e irresponsável do Durão e do Santana, bem como as roupas de marca, os tele-móveis, os SUV's, as PSP's, os "plasmas", as casas próprias e as férias na Tailândia (e etc.) do Sócrates (e não só...), mais o colossal rega-bofe de decénios consecutivos na Madeira e também, não o esqueçamos, todos os Poli-desportivos, as Bibliotecas, os Auditórios, os Quartéis de Bombeiros, a estatuária das rotundas, os Parques Urbanos e Ciclovias e os "passeios dos alegres" de idosos nas Autarquias (PSD, PS e CDU!) - são fruto de uma descarga colossal de verbas comunitárias em Portugal, NÃO o resultado nem do trabalho honesto (de que aliás os portugueses são comprovadamente capazes, sobretudo na diáspora), nem do investimento produtivo (continuadamente errático e guloso, já desde os labregos fenómenos tipo-JEEP - Jovens Empresários de Elevado Potencial - e Thierry Roussel...), muito menos da Inovação e da suposta Modernização do País e do Estado, que pouco passaram de cosméticas e conjunturais, ao sabor de modas e tendências momentâneas, porém sem efeitos duradouros, nem motivações ou ambições verdadeiramente estratégicas.
 
 
E tudo isto por culpa(s) de quem? De muitos - de quase todos: governantes e legisladores pífios e corruptos, banqueiros e construtores civis insaciáveis, consumismo popular doentio, demissão cívica dos intelectuais e "notáveis" da nossa pobre Sociedade...
 
 
Não culpem é os contribuintes europeus, em especial os alemães! Não culpem a Siemens, nem a BMW, ou a Mercedes! Eles fizeram a sua parte, nós é que não cumprimos a nossa, à excepção do Serviço Nacional de Saúde e do bem sucedido investimento no Ensino público (o que, sendo muito positivo, não chega...).
 
 
Eles só têm "culpa" (se é que a têm) de uma coisa: de pelos vistos não "perceberem" por que razão supostamente não funciona noutros Países (Portugal, por exemplo) o que com eles "funcionou". Se é mesmo assim como diz AQUIHelena, haja então algum Médico caridoso que lhes explique, pacientemente, que um mesmo diagnóstico, em pessoas muito diferentes, não conduz necessáriamente, antes pelo contrário, a terapêuticas semelhantes! Como é certamente óbvio para quem tenha dois dedos de testa...
 
 
Cometeram-se muitos erros em Portugal (também) desde 1986, sim, fruto de muita coisa que todos nós bem conhecemos, mas nem sempre temos em conta. Contudo, mais ainda do que compreender esta realidade e aceitar galhardamente a bofetada ríspida, mas eventualmente pedagógica, do cartaz de Karlsruhe, devemos é partir duma severa e profunda auto-crítica para compreender qual deve ser o melhor caminho para saírmos do presente pântano. Que é económico e político, mas também social e mental.
 
 
E, muito sinceramente, não me parece que seja com ilusões do estilo "devemos ter mais Europa, sim, mas no  Ambiente, na Qualidade de Vida e no Emprego" (o bem bom, pois claro...) que vamos algum dia passar a ter uma visão mais construtiva e eficaz do que deve ser o nosso Futuro como País.
 
 
É muito fácil pegar agora no Euro e erguê-lo como bode expiatório. Como foi outrora fácil dizer que a Europa nos traria o Desenvolvimento que o Fascismo sempre nos negara. Não foi?


Saber analisar as causas profundas do falhanço europeu de Portugal, bem como dos restantes PIIGS - sobretudo os do chamado "Clube Med" -, é bem mais complicado. Mas indispensável e urgente, senão, daqui por uns dez anos, cá estaremos na mesma ladaínha, que já fazia desesperar o Ramalho e o Eça...

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O PROBLEMA DE FUNDO NÃO É O EURO


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 Este Verão está na moda, sobretudo entre os meios intelectuais ligados à Esquerda (mas não só), a discussão sobre as eventuais vantagens para Portugal caso se decidisse a saír do espaço da Moeda "única" europeia. Que, aliás, não é nada única, como todos sabemos, já que ainda nem sequer abrange dezoito dos atuais vinte e oito membros da União...
 
Esta discussão é interessante, sem dúvida, deveria até ter-se feito em devido tempo, quando Portugal decidiu aderir ao denominado "pelotão da frente" da U. E., mas não me parece adiantar grande coisa, agora, à solução política (e, consequentemente, económica e social) GLOBAL de que o nosso País carece urgentemente para poder ultrapassar um dos piores momentos da sua História recente,  desde o 25 de Abril. Tentarei muito brevemente explicar a seguir porquê.
 
A meu ver, não é o Euro que causa os problemas económicos a Portugal. No tempo do Escudo, os problemas portugueses eram já sensívelmente os mesmos e só o afluxo colossal de financiamento europeu, a partir de 1986, permitiu quase duas décadas de relativo crescimento económico e uma melhoria notória do nível médio de vida dos portugueses. Nada disto será no Presente recuperável, como que por magia, APENAS com o regresso a uma Moeda própria, como é óbvio.

O aumento (eventual) das Exportações nacionais associado à inerente desvalorização do Escudo face ao Euro de pouco vale, quando comparado com a verdadeira tragédia que seria, para a Economia portuguesa, não poder mais usar a forte Moeda europeia para custear as suas Importações, em especial o petróleo (mas não só).

Daí se poder concluír que, ao contrário do que sustenta o argumentário, quanto a mim básico e simplista, dos Partidos mais à Esquerda, como o BE e o PCP, mudar Portugal e a Sociedade portuguesa no sentido da Esquerda - ou do Progresso social, se preferirem - pouco ou nada tem a ver com a temática do Euro, ou mesmo com a atual Política europeia!

Trata-se antes de uma questão que envolve opções políticas puramente nacionais, de cariz estratégico, bem mais complexas do que as que dizem meramente respeito aos aspectos macro-económicos e que têm sobretudo a ver com:
 
1º) a diminuição das severas desigualdades socio-económicas atuais - uma questão que se coloca, por assim dizer, num "plano ortogonal" ao da (maior ou menor) "riqueza" do País, ou seja, que exige uma mudança radical, ainda que progressiva, da atual distribuição de rendimentos no sentido de uma significativa redução das disparidades, que entre nós não têm parado de crescer nos últimos quinze/vinte anos, de uma forma crescentemente "terceiro-mundista";
 
2º) a redução da atual ineficiência económica de todo o tecido produtivo português, INCLUINDO o Estado (mas não necessáriamente sobretudo dele), o que se prende, inevitávelmente, com uma melhoria significativa da eficácia tanto da aplicação da Justiça, como da sua percepção pública, bem como da regulação do mercado do Trabalho e da redução dos atuais níveis de corrupção económica e fiscal;
 
3º) a gradual "europeização" dos hábitos individuais e colectivos dos portugueses, quer no que respeita ao consumo e à poupança privados, quer PRINCIPALMENTE no tocante ao estilo de vida, absolutamente anti-económico, da generalidade das grandes urbes nacionais - posse massificada de casa própria, distâncias médias casa-trabalho (ou casa-Escola) absurdas, uso generalizado do transporte individual diário para as deslocações pendulares, ou seja, tudo somado, promovendo uma redução drástica daquilo a que hoje em dia toda a gente, mesmo sem entender mínimamente do assunto, se habituou a ouvir designar por "custos de contexto" do funcionamento do País.

E depois há também a magna questão da Cultura política, isto é, da participação cívica, da verdade eleitoral (défice de proporcionalidade intolerável decorrente do atual método de divisão do País em círculos eleitorais para as Legislativas), da confiança no sistema político em geral, da reorganização administrativa (a famosa Regionalização...), tudo questões que não se resolvem apenas por decreto, por serem também muito do foro das mentalidades, mas que, por seu turno, já foram há muito resolvidas satisfatóriamente no espaço do Euro e que, em Portugal, ninguém tem coragem para discutir com seriedade, quanto mais para enfrentar com determinação...

Não atentar nestas vertentes e preferir atirar todas as "culpas" da crise para a Europa (ou para a Doutora Merkel...) é continuar a malhar em ferro frio. Que, vendo bem, é só o que a Esquerda convencional tem feito desde o advento do chamado "Progresso" português, em 86: que em quase tudo mais não foi do que um "pugresso" falso, pacóvio, superficial e, acima de tudo, NÃO ESTRUTURAL, mas subsidio-dependente dos dinheiros comunitários!
 
Dos Partidos da atual Direita, óbviamente, nada há a esperar quanto à solução destes problemas estruturais de Portugal. Desde as trevas da Inquisição e do Antigo Regime, passando pelo Estado dito Novo, que as forças conservadoras e tradicionalistas nacionais, de um modo geral, se opõem ao Progresso, isto não é novidade para ninguém que entenda da História de Portugal um pouco mais do que o monocórdico desfiar dos Reis, por ordem cronológica e com os respectivos Cognomes...


Já dos Partidos de Esquerda, que supostamente são os herdeiros das ideias libertárias da Revolução Francesa, dos ideais democráticos e republicanos e das ideologias progressistas, agrupadas no largo chapéu do "Socialismo", acho que está mais do que na hora de deitar as suas velhinhas "cassetes" para o lixo e, bem depressa... meter um novo "CD-ROM" no seu "sistema operativo"!

Ou pretendem continuar eternamente a ver passar o comboio da História?

Acordai, teóricos de Esquerda, que dormis (a embalar a dor)...


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

terça-feira, 2 de outubro de 2012

PAGAR O QUE DEVEMOS (Fábula moderna, dedicada ao incansável João C. das Neves)



Imagine-se um belo "País" que, como uma família normal, vivia honestamente, trabalhava, poupava e morava numa modesta casa, hipotecada e da qual faltava ainda pagar, digamos assim, uma certa percentagem ao Banco que lhe concedera o crédito.


  Esse "País", a que doravante vamos chamar Lusitânio, também tinha um carro, adequado às suas necessidades, o qual havia comprado recorrendo a um empréstimo, estando ainda a alguns anos de concluir o respectivo pagamento.


   O Lusitânio e a sua Família, um belo dia, são confrontados com os Bancos a quem devem, os quais, súbitamente em apuros financeiros, exigem de chofre todo o dinheiro ainda em dívida.


    Aconselhando-se com as suas "melhores amigas", velhas matrafonas conhecidas lá no Bairro por Imprensa da Purificação e Maria da Comunicação Social, e com um velho professor seu (de Economia Doméstica), o Lusitânio concluíu convictamente que a melhor solução para a sua Família seria, de facto, empobrecer, efetuar "reformas estruturais", liquidar todas as suas dívidas e, assim, voltar a ser "competitivo", para poder recomeçar a "crescer"!


       E, se bem o pensou, melhor o fez: vendeu ao desbarato o carro e a casa, foi morar para um T1 na Rinchoa, tirou o Filho mais velho da Faculdade e o mais novo da Escola Técnica, despediu-se do seu emprego na outra banda, para não ter de comprar o passe social, e foi todo lampeiro ao Centro de Emprego mais próximo, sentindo-se agora muito mais "competitivo", procurar um trabalho a preceito lá no seu Bairro...


        Algo intrigado, ao cabo de algumas semanas descobriu afinal que, sem dinheiro para se vestir e calçar decentemente, nem sequer para se barbear, o único "emprego" que conseguiu arranjar foi o de... "arrumador de carros" em Albarraque, no "turno" das dez às duas da noite!


      E, assim, lá teve ele de explicar à sua Mulher que, agora sim, tinha o seu nome de novo limpo no "mercado", podia voltar a poupar e, um dia, fazendo bem as contas, talvez daqui por uns setenta anos, conseguiria voltar a pôr os Filhos de novo a estudar e até, eventualmente, a comprar uma biciclete usada, para não ter de ir trabalhar descalço!


     E foi, muito contente, agradecer a todos os que lhe tinham indicado o rumo certo para a sua vida e lhe haviam ajudado a voltar ao "bom caminho"...


        Infelizmente, quando chegou a casa nesse dia, a sua Mulher e os seus Filhos, uns ignorantes e mal-agradecidos, tinham-lhe preparado uma surpresa que o pobre Lusitânio nunca mais pôde esquecer nos dias da sua miserável e triste vida: UM VALENTE CHUTO COLECTIVO NAQUELA PEIDA!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A CULPA É MAIS DA "TROIKA", OU... DA QUADRILHA (Cavaco, Gaspar, Passos & Portas)?


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Tal como muitos observadores moderados à Esquerda, também eu concordo que a "troika", embora com bastantes responsabilidades próprias, é menos culpada pela situação presente em Portugal do que o atual "governo".

A vinda da "troika", altamente desejada pela Direita dos interesses materiais, foi no fundo o alibi perfeito para impingir, a um País e um Povo desorientados e exaustos de guerrilha politiqueira, institucional e, sobretudo, jornalístico-judicial, um fulminante retrocesso político e económico sem paralelo na História da Democracia portuguesa!

Continuar a discutir a "troika" e este "governo" sem perceber a monstruosa estratégia do grande Poder financeiro internacional - aquilo a que um velho Marxista chamaria o "grande Capital" -, ancorada na atávica e beata mentalidade salazarenta dos portugueses mais ignorantes e destituídos de formação e consciência políticas - autênticas marionetas nas garras da Comunicação Social tablóide e televisiva! -, é passar completamente ao lado do essencial, a saber:

Estamos aceleradamente a caminho de um novo 24 de Abril, social, financeiro, mental e cultural, ainda que sob o manto diáfano de um 25 de Abril formal e institucional!

Esta é que é a verdadeira FRAUDE MORAL da atualidade portuguesa e os maiores responsáveis por ela são: uma intelectualidade gaiteira, deslumbrada, vaidosa e decadente, uma classe privilegiada arrogante, insensível, vingativa e debochada e uma classe política senil, cega, autista e míope.
 
 
MAS TODOS, A SEU TEMPO E MODO, HÃO-DE PAGÁ-LAS!

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segunda-feira, 7 de maio de 2012

E, se calhar, a última palavra sobre a Crise, afinal...

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... tudo indica, a partir de ontem, "TMP", que NÃO irá ser dita por cavaco, gaspar, ou coelho:


- PARECE QUE O ELEITORADO FRANCÊS TEM OUTROS PLANOS PARA PORTUGAL (e ainda bem...)!!!
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